Um policial militar de Timbó Grande é acusado de terminar com uma festa eletrônica de forma violenta, agredindo pessoas e fazendo disparos de arma de fogo. O fato teria ocorrido no final de semana na localidade de Caçador Grande, no interior do município.
As acusações foram registradas em boletim de ocorrência nesta segunda-feira, 6, na delegacia regional de Caçador, pelo DJ Márcio José Farrapos. Ele atribuiu os atos violentos ao cabo Norberto Maersk, que estava de folga e teria ido ao local sem farda.
“Eu estava dormindo no carro quando ouvi três disparos. Quando entrei na festa ele já tinha agredido um rapaz e estava fazendo ameaças. Aí ele agrediu um dos organizadores da festa com uma coronhada no ouvido, atirou nas caixas de som, jogou meu equipamento no chão e ainda disparou mais vezes. Foi muita sorte de ninguém ter sido baleado”, disse Márcio.
Sem saber o motivo da atitude violenta, Márcio disse que ninguém conseguiu conversar com o policial no local. “Ele chegou gritando dizendo que mandava na comunidade e que ali não tinha festa. Ninguém entendeu nada. Eu estava trabalhando e ainda tive prejuízos com meu equipamento”, acrescentou Márcio.
O DJ afirma que depois da confusão o policial saiu do local e a festa acabou. Márcio acompanhou o amigo até o pronto socorro para que o mesmo recebesse os cuidados médicos. “Os comentários que ouvi são de que não é a primeira vez que esse policial age desta forma”, diz.
Além do boletim de ocorrência na delegacia de Timbó Grande, Márcio registrou o fato na delegacia de Caçador. O delegado Fabiano Locatelli encaminhou o caso para Santa Cecília.
“Essa denúncia chegou ao conhecimento através de uma vítima e vamos abrir uma investigação para ouvir as partes envolvidas. Não sei se é o caso de abuso de autoridade porque ele não estava em serviço, segundo relatos, mas aí temos outros crimes como ameaça, agressão, disparos. Vamos investigar e no final do processo automaticamente uma cópia é enviada à corregedoria da PM”, disse Locatelli.
Comando desconhece
Já o comandante da 8ª Guarnição de Polícia Militar de Curitibanos, que abrange o município de Timbó Grande, tenente coronel Luis Antonio Veiga Beckert, disse que o fato ainda não chegou ao conhecimento dele.
“O correto é o cidadão ir até a Polícia Militar, pode ser em Caçador mesmo, e formalizar essa denúncia na corregedoria, para que possamos abrir uma sindicância e apurar os fatos”, informou.
A reportagem do Portal Caçador Online tentou contato com o cabo Maersk na delegacia de Timbó Grande, mas ele só deve retornar ao trabalho na quinta-feira. O celular dele não foi informado.