A Polícia Militar de Caçador conseguiu recuperar na manhã desta segunda-feira, 20, parte dos explosivos furtados em uma mineradora pela madrugada. O material estava escondido no meio do mato, próximo à empresa. Ao todo, foram recuperadas 71 peças de dinamites, totalizando 100kg.
Os artefatos foram entregues à Delegacia que já liberou para a empresa.
Segundo informações da PM, enquanto uma equipe fazia o registro do crime, outra resolveu fazer uma busca pelas imediações, localizando as peças de dinamite no meio do mato.
Após a localização de parte dos artefatos, a Polícia Civil e Instituto Geral de Perícias foram acionados para coletar informações.
Segundo informações da Polícia Civil, além das dinamites totalizando 200kg de explosivos, os bandidos levaram também todos os acessórios para detonação, como dispositivos e fiação.
O delegado regional e responsável pelas investigações, Fabiano Locatelli, já iniciou os depoimentos ainda nesta segunda-feira. Em entrevista na manhã ele informou que a empresa mineradora cumpre todas as exigências previstas em lei com relação à segurança do paiol onde ficam armazenados os explosivos.
O furto
Funcionários da empresa comunicaram o fato para a polícia por volta das 4h30.
“A empresa tem um paiol onde fica estocado esse material, mediante todas as normas de segurança exigidas por lei e pelo exército, porém o sistema de alarme e câmeras foi desativado pelos criminosos que acabaram levando cerca de 200 quilos de explosivos”, revelou o delegado Fabiano Locatelli.
Os autores chegaram pelo mato, inutilizaram sensores de alarme usando embalagens de leite e cortaram o arame farpado da área externa.
Foram levados também espoletas e detonadores.
De acordo com Locatelli, a polícia vai concentrar esforços para tenta resolver esse crime. “Temos uma preocupação grande porque esse tipo de artefato costuma ser comercializado com quadrilhas especializadas em ataques a caixas eletrônicos”, disse.
Qualquer informação pode ser repassada para a polícia pelo telefone 181 ou diretamente na delegacia.
Em razão da grande quantidade também conta com o apoio da Divisão de Furtos e Roubos da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis.
— Estamos acompanhando todas as ocorrências que envolvem explosivos no Estado. É importantíssimo esclarecermos esse caso porque os explosivos costumam ser utilizados por quadrilhas que explodem caixas eletrônicos — diz o diretor da Deic, delegado Akira Sato.
A polícia não descarta envolvimento de criminosos de outros estados, como Rio Grande do Sul e Paraná, que também são investigados por roubos em Santa Catarina.