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Máscaras... cadê a sua?

A origem deste acessório é primitiva. A máscara é um recurso universalmente utilizado para se ocultar o rosto ou parte dele, para ampliar e exagerar a expressão do personagem, do animal ou do deus que ela representa. Em geral, é feita com papel, madeira, argila ou ainda pode ser pintada diretamente no rosto do ator.

As máscaras acentuam ou exageram os traços: um grande nariz na representação do palhaço no circo, ou mesmo o rosto de um ser poderoso, monstruoso como teatro de Bali ou no teatro Nô Japonês.

Usado principalmente também em rituais, o homem as utilizavam para os dias de boa caça, colheita... as danças eram  homenagens aos deuses agradecendo pelo sucesso.

Cada máscara com seu significado específico. Ela vive e sobrevive através da história universal percorrendo a linha do tempo.

As máscaras são misteriosas, exalam sentimentos diferentes em cada espectador. São personagens e personagens que nos rodeiam criando fantasias em nossas mentes.

O ser humano transforma-se quando fica com a face encoberta... muda... cria um mundo diferente.

Mas pensando bem não teríamos máscaras a cada situação do cotidiano?

Em cada local entramos e colocamos uma diferente... tiramos do bolso aquela que mais convém.

No trabalho, na balada, ao lado da família cada pessoa é influenciada pelo meio a usar  algo diferenciado...

Somos assim disfarçados, camuflados... vivemos atrás de máscaras que caem todos os dias. Ora decepcionando pessoas, ora causando admiração a outras.

Na internet, nos bate-papos os usuários apresentam-se mascarados, é um típico carnaval de Veneza... o interessante é como se comportam... experimente e veja com seus próprios olhos e teclado...como se soltam, se transformam, vivem uma vida que não existe.

As piores máscaras são aquelas cotidianas, são nelas que colocamos nossas expectativas e perspectivas positivas... passamos por cada situação...

Particularmente a ingratidão é a mais dolorida... quando caem... ah... nos perdemos no meio do caminho...

Estive no cinema assistindo “Antes só do que mal casado”. Uma comédia mediana não merecedora de uma nota mais que seis. Retrata com uma dose de humor as facetas de alguém que vive a rotina de um casamento logo na lua de mel. O protagonista namora uma garota por dois meses e se casa... aí começa a rolar a decepção... as máscaras caem... tudo fica insuportável.

Nada mais perigoso aqueles que acreditam nos seus personagens e suas máscaras... Homens que se acham o Super-Homem mostrando aquilo que não são... mulheres que pensam ser Angelina Jolie  saem por aí com sua barriguinha  transbordando por fora da calça; um visual nada interessante.

Enfim, o ser humano vive na sociedade usando inúmeras “caras”.

Devemos admitir que as haja pessoas que brincam de ser outra, para recordar ou criar situações, improvisar e entrar em ação.

Aproveite suas máscaras, tire-as do armário e use-as... curta o disfarce... a observação , a memória e a imaginação são recursos utilizados para criar as situações e os personagens. Só não vale machucar ou assustar ninguém quando a máscara cair. O importante é se divertir, mas não às custa dos outros.


Erocilda Pereira

erocildapereira@hotmail.com