Mensagem do Presidente
A pauta empresarial
Entramos nos últimos três meses do ano diante de impasses e desafios econômicos e políticos e muita crença na capacidade dos empresários em superar as adversidades. Apesar de termos o Natal como a melhor oportunidade para vender e equilibrar as finanças deste ano tão difícil, também é inevitável que olhemos para 2016 e preparemos nosso planejamento. A pauta do movimento lojista prossegue focada em dois aspectos estruturais que causam prejuízos e dificuldades para toda a sociedade brasileira: reformas tributária e administrativa.
Ivan Roberto Tauffer
Presidente da Federação das
Câmaras de Dirigentes Lojistas
de Santa Catarina (FCDL/SC)
O conjunto de impostos, taxas, contribuições e encargos sociais representam quase 40% do PIB, que operam em um sistema intrincado que, mesmo as autoridades do setor consideram-no “uma insanidade tributária”. Tão grave quanto o confisco ao qual o setor produtivo está submetido é o porquê de tamanha cobrança. Sustentamos uma estrutura onerosa e ineficiente. A União, os estados e os municípios estão muito distantes de cumprir suas obrigações com o cidadão – constatação que é extensiva aos demais poderes da República. O noticiário diário está repleto de denúncias de desvios de recursos, gestão fraudulenta, desperdícios, nepotismo, uso indevido da máquina pública, entre outros problemas.
A reforma tributária que há muito tempo projetamos envolve a desoneração de quem produz e o estímulo a quem empreende, gerando trabalho e renda à nação. Ela deve nos desobrigar das centenas de horas dedicadas anualmente à burocracia. Mas ela só será possível mediante uma ampla e profunda reforma administrativa, diminuindo consideravelmente o tamanho do aparelho de Estado, promovendo um choque de eficiência e concentrando os investimentos em infraestrutura, saúde e educação. Reformas tributária e administrativa são irmãs siamesas em nossa pauta.
Que grupo político terá coragem de fazê-lo e em quanto tempo será possível viabilizá-las? Este é nó górdio de nossa agenda política, aquele que tem sido quase impossível de desatar. Mas muitas sociedades conseguiram e nós temos essa capacidade. Dependerá de nossa mobilização.
Os empresários já cumprem com a missão que lhes corresponde, precisam agora exigir da classe política um compromisso com o futuro breve da nação.