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Termômetro do Varejo

Jovem tem vontade de abrir negócio, mas falta preparo


Vontade de abrir um negócio o jovem tem de sobra, o que falta, no entanto, é preparo e ambição. Essa é a visão de Ricardo Rocha, pesquisador da Endeavor, organização internacional sem fins lucrativos de apoio ao empreendedorismo.

Segundo Rocha, se mais jovens "pensassem grande", haveria um número maior de casos de empreendedores com menos de 30 anos que faturam mais de R$ 1 milhão, "A maioria dos jovens quer abrir uma empresa para ter independência financeira ou para ser o próprio chefe", afirma. "Uma minoria pensa em criar negócios inovadores e de abrangência global."

A falta de preparo é outro ponto que atrapalha o jovem que quer empreender, de acordo com Rocha. Para ele, os jovens dominam a parte operacional em que atuam, mas falta noções de negócios, como controlar o fluxo de caixa, interpretar demonstrativos financeiros e avaliar investimentos.

"São poucos também os que juntam dinheiro para investir em um negócio, o que acaba travando a ideia e impedindo que ela seja colocada em prática", declara.

A consultora de negócios e franquias Ana Vecchi, do escritório Vecchi Ancona, no entanto, acredita que o jovem atual tenha mais qualificação e capacidade para empreender do que a geração anterior, especialmente no ramo de franquias, tanto no papel de franqueado, como no de franqueador (dono da rede).

"O jovem de hoje vem com uma bagagem maior. Muitos têm uma graduação e até uma especialização que lhes dão conhecimento para montar uma empresa e transformá-la em rede", afirma. "Essa geração é menos amadora do que a das franquias criadas há 25 anos, que cresciam mais pela intuição do fundador do que por planejamento."
A especialista, porém, diz que o jovem tem como característica ser ansioso e querer resultados rápidos. Quando o dono da rede se enquadra nesse perfil, é possível que haja conflitos mais frequentes com franqueados mais velhos.

"O jovem precisa ter humildade para aprender com quem está em outras posições na estrutura do negócio. Ele não pode achar que sabe tudo só porque é o fundador da empresa", declara Vecchi.

Fonte: UOL Economia por Afonso Ferreira


Leila Longo Romão

Graduada em Administração, com pós-graduação em Marketing e Vendas. Empresária do ramo de confecções, na área industrial e lojista. Foi presidente da CDL Caçador durante cinco o anos e Diretora Distrital da FCDL/SC. A coluna Termômetro do Varejo traz análises de pesquisas do setor, além de orientação para os empresários lojistas, comerciantes e comerciários em geral.

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