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Termômetro do Varejo

O maior desafio de 2015 é pensar diferente


O pessimismo tomou conta do mercado neste início de ano, mas, se para alguns este é momento de lamentar, para outros é hora de entender a necessidade de transformação e de identificar oportunidades. Este é o conselho de Gabriel Brigidi, especialista em inovação que atua com desenvolvimento de negócios em artigo publicado no portal Administradores.com.

O ano de 2015 começou com certo pessimismo tomando conta dos mercados. Em momentos como este, ameaça e oportunidade são dois lados da mesma moeda. Diante disso, há duas atitudes que os líderes de negócio podem tomar: abraçar a mudança e criar oportunidades ou lamentar a crise e esperar que a situação se resolva por si só.

As estratégias para o grupo que opta por criar oportunidades são bem conhecidas: se há redução do consumo, fidelize clientes; se o capital para investimento está mais caro, seja mais enxuto; se há mais incerteza, mitigue riscos. A grande questão é: como executar essas estratégias de forma diferente do que sempre se fez?

Criar experiências que fidelizam clientes

É de conhecimento geral a necessidade das marcas em fidelizar consumidores, pensando não só no potencial de compra imediato, mas sim em receitas recorrentes e “venda” da marca em seu círculo social. No lugar comum, estão programas de fidelidade ou indicações, com pontos e recompensas, bem como treinamentos aos funcionários, que visam qualifica-los para o atendimento ao cliente. Mas inovar significa entender que criar experiências vai muito além disso.

Quando um consumidor entra em uma loja de roupas e é atendido de forma personalizada por um vendedor que o conhece pelo nome, sabe de suas últimas compras e sugere artigos combinados, e ele pode pagar com seu celular sem enfrentar fila, isso é uma experiência diferenciada.

Fazer mais com menos

A provocação direta aqui é: você já parou para pensar qual o percentual do trabalho realizado dentro da sua empresa que efetivamente gera valor para o cliente?

O ideal é começar por entender quem é o consumidor e como gerar valor para ele. Em seguida, é preciso repensar a organização da força de trabalho: autonomia, diversidade de pensamento e colaboração entre pessoas já provaram ser eficazes para o objetivo pretendido. Ou seja, ter um senso de propósito claro e criar um ambiente fértil para cada colaborador contribuir com o seu melhor transformam e elevam uma organização.

Reduzir riscos com aprendizado e adaptação contínuos

A saída é pensar nas iniciativas como experimentos, com a formulação de boas hipóteses que permitam aprender rapidamente. Quanto ao orçamento, o ideal é trabalhar com uma visão de investimento incremental e adaptativo. À medida que a empresa for aprendendo mais sobre o projeto, terá condições de decidir investir mais, mudar de direção ou descartar por completo a iniciativa.

Ou seja, divisão do trabalho, otimização local, incentivos individuais, entre outros, não funcionam. Para que haja espaço para aprendizagem e adaptação, a abordagem de gestão e organização do trabalho também deve mudar.

O cenário de 2015 é desafiador e cheio de mudanças. As ideias acima são uma provocação para se pensar diferente. Serão vencedoras as empresas que entenderem logo a necessidade de se transformar - não só em 2015, mas no futuro.

 


Leila Longo Romão

Graduada em Administração, com pós-graduação em Marketing e Vendas. Empresária do ramo de confecções, na área industrial e lojista. Foi presidente da CDL Caçador durante cinco o anos e Diretora Distrital da FCDL/SC. A coluna Termômetro do Varejo traz análises de pesquisas do setor, além de orientação para os empresários lojistas, comerciantes e comerciários em geral.

leilaromao@conection.com.br