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Termômetro do Varejo

O Varejo depois das eleições


A matéria de Marcos Gouvêa de Souza, diretor-geral da GS&MD – Gouvêa de Souza, é oportuna e relevante. Para ele, apesar da vitória do partido da situação nas eleições presidenciais, nada será como antes e o varejo terá de buscar alternativas para manutenção e expansão das atividades.

Parafraseando o ex-presidente Lula, nunca antes neste país a análise dos temas políticos foi tão ampla e intensa, não por mérito de uma nova consciência, que até existe, mas fundamentalmente porque os instrumentos de informação, discussão, debate e opinião estão disseminados e potencializados pelo uso de novos meios e recursos, especialmente a internet.

A grande “praça central digital”, que se tornou a internet, traz consigo um nível de envolvimento e conhecimento que coloca a consciência política em outro patamar e, como tal, além da informação, traz outras consequências. Ao acessar informações ou boatos, trocar mensagens, acompanhar momentos, manifestar ideias e preocupações, as pessoas se envolvem de uma forma que não faziam antes ou, se faziam, era em uma escala com repercussão muito menor.

Porque o momento do país é totalmente diferente por conta do quadro econômico interno, apesar de um melhor cenário externo. Porque o ânimo empresarial e dos consumidores, expresso nos índices de confiança, é muito diferente, com sentimentos de cautela e desconfiança marcantes e crescentes. Porque a necessidade de ajustes inadiáveis é reconhecida e só não foram feitos antes exatamente por conta do período eleitoral. Porque existe nos setores empresarial e de comunicações fortes razões para temores com respeito ao futuro próximo.

Não há como negar que um país como o Brasil tem recursos e potencial para enfrentar momentos de desconfiança como o que vivemos e relembrar que a presidência da república no sistema democrático dá o tom mas não toca sozinha a orquestra.

Uma coisa são reformas e ajustes serem feitos em um momento em que se crê que eles são fundamentais para o futuro melhor, com amplo apoio da população. Outra coisa, muito diferente, é fazer os ajustes num país dividido e no qual as lideranças empresariais e metade da sociedade, mais especificamente 48%, sentem-se derrotados.


Leila Longo Romão

Graduada em Administração, com pós-graduação em Marketing e Vendas. Empresária do ramo de confecções, na área industrial e lojista. Foi presidente da CDL Caçador durante cinco o anos e Diretora Distrital da FCDL/SC. A coluna Termômetro do Varejo traz análises de pesquisas do setor, além de orientação para os empresários lojistas, comerciantes e comerciários em geral.

leilaromao@conection.com.br