No Brasil, existem 2,6 milhões de mulheres empreendedoras. E pela primeira vez elas são maioria entre os novos empreendedores. As mulheres representam 52% dos pequenos negócios com até três anos e meio de atividade. E esse número é crescente. Muitas mulheres se dividem entre trabalhos domésticos e executivos.
Com embasamento, a reportagem da globo mostra que depois de lutarem pelo direito à igualdade no trabalho, as mulheres resolveram dar a volta por cima: ao invés de brigar por salários iguais aos dos homens, elas agora querem comandar o próprio negócio. Segundo Patrícia Travassos, produtora da série Mães S/A, as mulheres estão fazendo uma segunda revolução no mercado de trabalho. “A primeira aconteceu quando elas deixaram de ser donas de casa e começaram a trabalhar fora”, diz. “A segunda revolução é a que está acontecendo agora, elas deixam o emprego para abrir o próprio negócio”, acrescenta.
De acordo com a especialista, um forte motivo que tem impulsionado o empreendedorismo feminino é a maternidade. Isso mesmo: as mulheres querem ter mais tempo com seus filhos e empreender exige um trabalho árduo, mas que permite uma flexibilidade maior de horário. “O empreendedorismo materno é um fenômeno mundial que já nasce forte no Brasil”, diz Patrícia.
Uma importante característica do empreendedorismo feminino é que a taxa de sobrevivência de uma nova empresa comandada por uma mulher é maior. Isso porque elas se planejam melhor e procuram compreender mais o mercado em que atuam. Além disso, são negócios menores e tendem a estar no setor de serviços. As mulheres preferem atividades ligadas ao comércio varejista e ao setor de alimentação.
A taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas lideradas por mulheres também é maior. Talvez porque as pesquisas mostram que elas, no mundo todo, são mais disciplinadas na hora de empreender.