Negócios de micro e pequeno porte tiveram o pior desempenho desde 2009, quando o Brasil enfrentava a crise global. Desta vez, uma associação de fatores foi decisiva para a redução no ritmo de expansão das receitas. Segundo o Sebrae-SP, responsável pelo monitoramento, a inflação elevada, os salários com aumentos reais menores (já descontada a inflação) e a piora na confiança dos empresários e consumidores foram as principais motivações. O período da Copa do Mundo, com redução de horas úteis entre os meses de junho e julho, também contribuiu para essa quase estagnação.
Sem dúvida, o desempenho modesto da economia prejudicou os resultados no semestre. Com os jogos do mundial, houve uma diminuição do número de dias úteis em junho e os reflexos foram sentidos principalmente na indústria e no comércio. As partidas da Copa, em um semestre que já andava fraco, foi a gota d´agua. As lojas fechavam uma hora antes dos jogos, nestes dias as ruas ficavam vazias e não se vendia quase nada.
De uma forma geral, a economia neste ano de 2014 está mais fraca que no ano passado. A inflação no primeiro semestre, por exemplo, comeu o poder de compra e isso acabou influenciado na decisão dos consumidores.
A conjuntura econômica desfavorável, com inflação no limite da meta e altas taxas de juros, continuam influenciando nos resultados das vendas do varejo.
Agora as atenções se voltam para a próxima grande data comemorativa que é o Dia das Crianças, que ocorrerá em 12 de outubro. De qualquer forma, mantemos a esperança de que o último quadrimestre possa apresentar uma mínima recuperação de vendas no comércio, pois o período geralmente tem mostrado tradicionalmente melhores resultados, principalmente nos dois últimos meses do ano, quando é pago o décimo-terceiro salário.