Especialista aponta o assistencialismo como um fator que tem retardado a entrada dos jovens no mercado de trabalho. Segundo índices do IBGE, a taxa de desemprego tem caído no Brasil há mais de uma década. Porém, tem chamado a atenção o fato que essa estatística tem sido impulsionada, não pela oferta de vagas e muita gente que entra no mercado de trabalho, mas, principalmente, porque tem crescido o número de pessoas que não procuram emprego.
“O desemprego só se configura quando você tem gente que procura trabalho e não acha”, explica o consultor em gestão de pessoas Eduardo Ferraz. Na maioria dos casos, são mulheres e jovens, entre 18 e 24 anos, que optam por estudar ou ficar em casa. “A escolha pode ser válida, desde que realmente a pessoa esteja conseguindo usar este tempo para investir em estudo, em qualificação. Até porque, por outro lado, temos tido um grande problema de falta de mão de obra especializada. Empresas grandes, que oferecem ótimos salários, não estão encontrando bons profissionais, tendo que, por isso, investir em treinamentos internos e até mesmo contratação de estrangeiros”, destaca o consultor.
O especialista também aponta questões estruturais do país, como o assistencialismo, entre os fatores que têm retardado a entrada dos jovens no mercado de trabalho. “Temos hoje uma série de bolsas, como o Bolsa Família e o Prouni que estimulam a entrada na universidade, sem que a pessoa precise trabalhar desde cedo.
Com relação às ofertas de emprego que existem atualmente, grande parte destas vagas está nas pequenas e médias empresas. No Brasil, os negócios com até quatro funcionários abriram 1,1 milhão de vagas em 2013, e isso significou mais de 90% das novas vagas. Todas as demais empresas encerraram com saldo negativo.
Fonte: portal Administradores FCDL/SC